Em mais uma
etapa da Lava Jato no Rio, a PolÃcia Federal prendeu, na manhã desta
quinta-feira (14), o ex-deputado estadual Paulo Melo, o empresário
Mário Peixoto e outras três pessoas.
Peixoto e
Melo, que já foram sócios, acabaram presos nesta Operação
Favorito porque surgiram indÃcios de que o grupo do empresário estava
interessado em negócios em hospitais de campanha. O alvo seriam as unidades montadas
pelo estado - com dinheiro público - no Maracanã, São Gonçalo, Duque de
Caxias, Nova Iguaçu, Campos e Casimiro de Abreu.
"Surgiram
provas de que a organização criminosa persiste nas práticas delituosas,
inclusive se valendo da situação de calamidade ocasionada pela pandemia do
coronavÃrus, que autoriza contratações emergenciais e sem licitação,
para obter contratos milionários de forma ilÃcita com o poder
público", afirmou a PF.
Os mandados,
incluindo 42 de busca e apreensão, foram expedidos pelo
juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do RJ, "em razão dos
indÃcios da prática dos crimes de lavagem de capital, organização criminosa,
corrupção, peculato e evasão de divisas".
Os
investigadores da Lava Jato fizeram interceptações, com autorização da
Justiça, e descobriram que pessoas ligadas a Peixoto trocaram informações
sobre compras e aquisições dos hospitais de campanha para
enfrentar a pandemia de Covid-19 no Rio de Janeiro. O contrato foi
vencido pela Organização Social Iabas.
Segundo as
investigações, mesmo antes da contratação, planilhas de custos já estavam sendo
confeccionadas o que levantou a suspeita
de fraudes no processo.
Segundo a PF, "o grupo criminoso alavancou seus negócios com contratações públicas realizadas por meio das suas inúmeras pessoas jurÃdicas" onde cooperativas de trabalho e organizações sociais foram, na maioria, "constituÃdas em nome de interpostas pessoas [laranjas, a fim de permitir a lavagem dos recursos públicos desviados e disfarçar o repasse de valores para agentes públicos envolvidos".
Fonte: Agora
RN